A “ciência” a serviço do Mal

Eduardo Vieira
2 min readMar 30, 2023

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(Eduardo Vieira — 15/abr/2020)

Custou-me bastante para crer no que eu havia lido. Mas a verdade se impõe, como sempre, sem nenhuma preocupação com quem irá aceitá-la ou não.

O caso que cito aqui é o estudo feito no Amazonas pela Fundação de Medicina Tropical, com apoio e verbas de várias entidades públicas e apoio técnico da FIOCRUZ. E, bizarramente, um aporte realizado por um grupo de senadores, cuja composição não consegui descobrir.

O estudo revelou que a cloroquina seria muito agressiva em seus efeitos colaterais e ineficaz para o tratamento do vírus chinês. Esse recorte foi imediatamente divulgado por toda a imprensa brasileira e é usado por todos os defensores do caos para desacreditar o tratamento.

Mas o incrível não é nada disso. O incrível é a dosagem utilizada no estudo. Até eu, aqui no meu computador, dentro de casa, apenas pelos meus contatos com amigos médicos já sei que deve-se usar a hidroxicloroquina, que NÃO é a mesma coisa que a Cloroquina. A primeira é muito menos agressiva ao organismo. Sei também que no primeiro dia deve-se aplicar dois comprimidos de 400mg e nos quatro dias seguintes, um comprimido. O total da dosagem no tratamento é de 6x400 = 2,4g de hidroxicloroquina.

Agora vamos ao estudo em questão. A dosagem utilizada foi de dois comprimidos de 600mg por dia por DEZ dias. Isso dá um total de incríveis 12g.

Ou seja: DOZE gramas contra dois gramas e meio da recomendação usual. Trata-se de CINCO vezes a dosagem.

Isso no grupo de alta dosagem. O estudo utilizou a dosagem recomendada em outro grupo simultaneamente.

O resultado dessa barbaridade foi um argumento de que a cloroquina faz mal e que não dá resultados. Para isso morreram alguns velhinhos em Manaus, que talvez estivessem vivos hoje. Ainda, os “cientistas” declararam que tiveram que interromper o trabalho por conta do alto grau de toxicidade do medicamento. Mas NENHUM orgão de mídia informou que a dose usada foi 5 vezes maior que o recomendado.

Até água em excesso pode prejudicar o organismo.

É realmente desprezível o sequestro da ciência pela ideologia, da forma mais baixa e cruel, dispondo das vidas de pessoas inocentes.

Na imagem, o resumo da pesquisa, em inglês.

Link para o estudo aqui, conforme amplamente divulgado na época pela mídia:

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Eduardo Vieira
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