A Luta Pela Morte
(Eduardo Vieira — 01/10/2019)
Estamos vivendo uma guerra terrível. De um lado o establishment impiedoso e cruel, cheio de sangue nas mãos e dono de uma máquina sinistra de extração de riqueza do povo. Do outro temos um povo dividido e algo confuso. Sem conseguir identificar o inimigo muitos ainda sucumbem às inúmeras narrativas propagadas pelos agentes midiáticos dos bandidos. Só o conhecimento poderá mudar isso, e vale olharmos para o fundo negro do coração do inimigo para melhor compreendermos a luta e o que está em jogo.
Ao espiarmos para o poço de horrores que é a mente revolucionária, nosso inimigo, observamos de cara a completa ausência de valores ou a incoerente seleção destes valores aplicados a casos específicos.
O que vem ocorrendo no campo moral é basicamente a destruição do que chamamos de valores naturais. Aqueles princípios básicos comuns à Humanidade e que floresceram sem coordenação nas mais variadas culturas. Desde os mais primários como o Respeito à Vida até os decorrentes como a consideração à Posteridade e à Ancestralidade. Estes valores tem nomes variados dependendo da cultura.
No hinduísmo, o “Rta”, o grande padrão natural e sobrenatural de onde nascem os deuses. Para os chineses, o Tao, a realidade absoluta, o Caminho. Na Torá do judaísmo, na Bíblia cristã ou na Grécia de Platão os valores fundamentais estão sempre lá, expressos, explicados, transmitidos para a posteridade como uma herança preciosa da Humanidade.
E de fato o que se entende por Humanidade depende diretamente de se estar subordinado a este Caminho.
O que alguns pensadores modernos vem fazendo há séculos é justamente diluir esses Valores e basicamente substituí-los pelo sentimento. É o que chamamos de Relativismo Moral. Nada é Bom ou Ruim. Tudo depende do sujeito que observa as ações, do sentimento desse indivíduo, dessa subjetividade.
E quanto mais afastado do Caminho ele estiver melhor será. Para os materialistas o ápice da evolução humana acontecerá quando nos despirmos de todas as ilusões transcendentais, de todos os “tabus” culturais antiquados, que nos impedem de fazer o que queremos.
E vale então levarmos isso tudo às últimas consequências. Como será o Homem quando essa mudança tiver sido completa? Quando o Caminho tiver sido totalmente soterrado e esquecido?
Temos algumas dicas no sistema de classificação populacional por pontos na China¹. Outro aroma do futuro nos chega na defesa aberta do canibalismo que já denunciei diversas vezes².
Como explica C. S. Lewis, a emoção por si só atua em completa dissociação da Razão. É tão irracional quanto um evento físico.
Se removermos o Caminho, as escoras morais sobre as quais a Humanidade se desenvolveu, o resultado a morte do Homem.
Lewis fornece como exemplo a preocupação com o coletivo. O que iria impelir um homem a agir em prol do coletivo, senão o Caminho? O que poderia instigar um homem a morrer pelo próximo?
De fato, qualquer resposta a essa proposição deve se apoiar no Caminho, em algum Valor presente neste. Como a idéia é a rejeição desses Valores temos que respirar fundo e analisar o que sobra.
Trata-se do ser humano resumido à sua vontade. Realmente, fora do Caminho sobra apenas a vontade pessoal, egoísta e mesquinha, absolutamente. É similar ao que chamamos hoje de psicopata.
Esta é a Criatura Final, o objetivo do nosso inimigo. Essa é a Morte do Homem.
Não é preciso dizer que não há nesta nova criatura qualquer força que o faça agir em prol de uma eventual posteridade. A não ser que seja para extrair desses novos seres o material necessário ao prolongamento de sua existência.
Sinceramente não me animo a contemplar o que essa coisa fará. Digo apenas o óbvio. Será desumana por definição. Se nela houver qualquer resquício de Humanidade então esta não será a Criatura Final, mas apenas um homem em estágio final de decadência.
E por esse fim que o inimigo luta. Pela Morte absoluta da Humanidade.
E cabe a nós impedir semelhante tragédia.
“A tarefa do educador moderno não é cortar florestas mas irrigar desertos” — C. S. Lewis
- Artigo inspirado no livro “A Abolição do Homem”, de C. S. Lewis
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(1) — https://www.bbc.com/news/world-asia-china-34592186 — matéria em inglês da BBC sobre o sistema de pontos do cidadão na China
(2) — https://youtu.be/PWGVCtGgqIA — Entrevista de Peter Singer a Richard Dawkins onde comentam sobre canibalismo.