Apeirokalia e a brutalidade islâmica do Hamas

Eduardo Vieira
4 min readOct 24, 2023

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(Eduardo Vieira — 21/out/2023)

Foi numa divertida conversa com o Andre Assi Barreto que ele me lembrou desse termo tão importante para a compreensão dos nossos tempos. Recomendo que assistam no meu canal e que sigam-no nas redes, é certeza de vitória.

A-peiro-kalia (negação, experiência, beleza) significa uma doença da alma causada pela ausência de contato com a beleza. Sem a inspiração do Belo na formação humana o resultado é uma pessoa sem capacidade de sequer detectar a Beleza. Isso pode, na prática, resultar apenas em mau gosto. Mas também é um dos ingredientes para o embrutecimento da alma, pré-requisito indispensável para uma vida de barbárie.

Não à toa a apeirokalia é cultivada amorosamente pelo regressismo, em todas as esferas. Você verá um regressista aplaudir o funk mais medonho e torcer o nariz para o favelado tocando violino. Verá também essa turma incensar grafiteiros que produzem sujeira urbana ou aplaudir instaladores em museus de desastre moderno. É preciso perder a noção do Belo para facilitar o processo de degradação moral e lógica.

Com a Beleza na vida é muito mais difícil imaginar um mundo onde a moral é relativa, onde não existe o Bem ou a Verdade. Mas o que isso tem a ver com a brutalidade islâmica?

Dennis Prager, falando em Oxford, toca de leve nesse assunto. Ele expõe um fato aterrador: que o número de traduções de livros para o árabe em dez anos é similar ao número de traduções para o grego em UM ano. Esse fechamento do mundo árabe é sem dúvida causado pelo Islã e não pela mentalidade árabe em si, que já produziu muita beleza no passado distante.

Prager também faz uma declaração que é evidente mas é um fato jamais exposto pela grande mídia ocidental. Só há um tipo de agressor que arranca a cabeça de pessoas, que queima e apedreja suas vítimas, que usa o estupro como arma de combate. É o agressor islâmico. Isso é um fato inquestionável.

Boko Haram, Hezbollah, ISIS, Al Qaeda, Hamas, Jihad Islâmica, Jihad Islâmica Egípcia, Irmandade Muçulmana, Frente Popular da India, Mujahedins da India e muitos outros, numa lista extensa demais para caber aqui, são todos islâmicos. Desprezar esse alinhamento de cunho religioso e ideológico é negar totalmente a realidade. Imaginar que a violência é resultado da presença de Israel ou é concentrada no Oriente Médio é outra falácia facilmente verificável. Dou como exemplo o caso reportado pela mídia do caminhão transformer que atropelou e matou mais de 80 pessoas em Nice, na França, em 2016. Surpreendentemente o caminhão estava sendo dirigido por uma pessoa, de nome Mohamed Lahouaiej-Bouhlel. Até o hesitante governo francês de então (Hollande) nomeou o ataque como terrorismo islâmico. Na época, achar alguma referência à religião professada pelo motorista-monstro Mohamed na grande mídia era tarefa impossível. Como é a prática corrente até hoje.

A Beleza é o que nos traz para perto de Deus, e esse efeito é verdade mesmo para quem não crê. Esta foi uma das razões que motivaram o invejoso Marcel Duchamp a trabalhar pela destruição da arte, objetivo confessado pelo próprio em entrevista para Joan Bakewell, em 1968. Este foi o que expôs um mictório como sendo uma obra de arte. É claro que tal linha grotesca de pensamento anti-artístico predomina no atual mundo pós-moderno, um mundo que sucumbiu à invasão vertical dos bárbaros, conforme denunciado por Mário Ferreira dos Santos em livro homônimo.

Essa ascensão existencial pela estética não se limita ao visual mas inclui todo tipo de arte, com ênfase na música, o gênero artístico mais visceral e primitivo. Com a música, gênios adoradores de Deus como Mozart e Johann Sebastian Bach fizeram grandes obras de arte que são verdadeiras escadas para a Luz divina. Mozart amava tanto ao Senhor que incluiu em seu sobrenome Amadeos, ao contrário do que o panfleto cinematográfico de Milos Forman sugeriu. O grande compositor Bach assinava suas obras com a insígnia SDG, que significa Soli Deo Gloria, ou só para a glória de Deus.

O terror pretende então, em certo senso, trazer o mundo para a sua mesma condenação de forma parecida com que os muçulmanos trabalham violenta e incessantemente para trazer o mundo para o seu sistema político-religioso. O bruto detesta o Belo e sempre que pode o destrói. Na oposição ao Belo está também a oposição à Verdade e os fatos mostram claramente a fortíssima similaridade desse embrutecimento do mundo islâmico com o regressismo que vemos na juventude doutrinada do Oeste. A destruição de monumentos históricos empreendida pelo ISIS no Oriente Médio encontra cruel eco na remoção de estátuas por ignorantes ocidentais.

Portanto não deve haver tão grande surpresa na observação da defesa de sanguinários islâmicos como os do Hamas por tantos ocidentais. A barbárie já invadiu o Ocidente há muitas décadas, trazida por muitos agentes, alguns hoje catedráticos em fossas morais como a ex-prestigiada Universidade de Harvard.

A defesa do Belo, então, é uma das grandes necessidades do Ocidente. Se quisermos vencer o horror do barbarismo terrorista islâmico temos que combater os agentes de destruição da Beleza nas nossas esquinas. Sem Beleza não pode haver mundo livre.

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Eduardo Vieira
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