Dia da Escola

Eduardo Vieira
5 min readMar 16, 2023

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(15/mar/2023)

Um dia para se ver com cautela. Com um pouco de horror, até. Começo assim um texto que não terá grandes alegrias. Ou melhor, deixarei uma alegria ao final para não passar por desagradável, mas só para quem ler o treco todo. Se for malandro e pular para o finalzinho vai pegar sapinho nos olhos e vai ter que lavar com água sanitária. Dado o aviso e a praga, observem comigo alguns fatos escolares aqui do nosso país, cada vez mais socialista mas agora sem um “grosseirão que fez todo mundo ir contra ele”. Sim, ouço isso por aí, não é fácil, não. Nem sei mais se a rapadura é doce, só está parecendo petrificada e mais nada.

As escolas no Brasil se transformaram, há tempos, em templos de destruição mental para crianças. Antes de gemerem e me chamarem de radical, façam com seus pimpolhos alguns testes básicos.

Por exemplo, para crianças na faixa dos 14, perguntem trivialidades sobre história e geografia. Coisas básicas. Perguntem, por exemplo, onde ficaria a Holanda no mapa da Europa, de cabeça. Se a resposta for péssima, perguntem sobre a Polônia, depois a Suíça, Itália, Alemanha e Inglaterra. Perguntem o que aconteceu depois da queda do Império Romano. Perguntem quando o Islã surgiu. Quanto tempo a Península Ibérica ficou sob domínio muçulmano? Aceite uma margem de erro de 1/4 de milênio.

Para alunos de 16 anos, peçam para que descrevam o funcionamento de uma hidrelétrica e de uma usina nuclear. Perguntem o que o aluno entende por movimento e quais suas principais grandezas (posição, velocidade, força e aceleração)

Perguntem quando foi que Napoleão tomou no Roscóff contra a Rússia. Aceitem erros de 50 anos. Toquem a Abertura 1812, do Tchaikovsky e digam que YouTube serve para isso, além de ver o Marco Mion pagando mico junto com o Mercado Livre. Aceitem erros de 50 anos. Perguntem qual foi o único país europeu cujos governantes ludibriaram o pentelhinho revolucionário francês.

Retenção, meus caros. Retenção. A maioria dos pais avalia a escola pelo resultado dos filhos nas provas feitas… PELA ESCOLA! Cacetada! Não pode dar certo, e não está dando mesmo.

Se um moleque de 14 anos não sabe onde cazzo fica o Mediterrâneo, você está jogando dinheiro fora, e é uma fortuna. Até quando?

Escola boa é exceção hoje no mundo inteiro. Ou melhor, no Ocidente inteiro. Tenho minhas dúvidas sobre a Coréia do Sul. Adoraria passar lá uma quinzena num intercâmbio educacional pago pelo grande think tank conservador brasileiro (preencha o vácuo a seguir, se puder, e não deixe de me informar) ________. Mas como não temos isso aqui, ficarei por enquanto na curiosidade.

As causas desse enorme debaclè já foram extensivamente discutidas, inclusive por gente muito melhor do que eu. A parte que eu prefiro é o afastamento de Deus do processo não só educacional mas do conhecimento humano. Aquela estrovenga que alguns emocionados resolveram chamar, vejam só, de Iluminismo. Só se for porque levaram uma vela a algum lugar escuro e úmido, pouco visitado até então pela Escolástica.

Destruíram o Trivium, queimaram na fogueira o Quadrivium (sim, sim! Durante o Milênio Brilhante quase não se usava esse tipo de punição. Isso veio depois de 1500, bem depois. O milênio de esplendor da Igreja Católica na Europa terminou em 1453, é sempre bom lembrar. Trocamos aquelas maravilhas do ensino por uma separação cada vez menos humana de temas. Enfiaram o plural na grande palavra “saber”! Heresia das heresias. Agora o idiota paulofreiriano destila seus “saberes” tirados do orifício rugoso e quanto mais rugoso, mais diplomas o infeliz acumula, até chegar na Academia Brasileira de Letras ou quetais, depósito oficial da venerável Casta Rugosa Brasileira.

E temos que dar mais dinheiro para isso! Parece piada mas aqui na ditadura socialista com pó-de-arroz assim são as coisas. Imbecis patrulham a ágora com ancinhos, e ai de quem soltar uma idéia com acento agudo ou cantarolar duas estrofes que tenham mais de uma nota. Provavelmente serei trancafiado na Casa Verde por usar o termo “ágora”, fiquem de olho.

Como se não bastasse tudo isso agora temos que lutar contra uma horda de drag-queens que de uma hora para outra se perceberam educadores. Bom, se o sexo muda com um espirro, nem é algo tão criticável. um devaneio profissional. Eles buscam “trabalhar” as crianças e os pais, aqueles realmente desprovidos da menor gota de capacidade analítica ou de testosterona (no caso EXCLUSIVO dos homens), levam as crianças para a sulfurosa atividade, como faziam os pais em Cartago, caminhando com seus rebentos para os altares de Moloch. A diferença é que os idiotas dos nossos tempos acham que estão fazendo o bem para as crianças. Os cartagineses as matavam mesmo. Confesso que hesito em discernir o mais misericordioso dos dois.

Mas é o Dia da Escola! Viva! Vamos celebrar? Celebrarei, com gosto, o dia em que quebraremos o paradigma desse tenebroso sistema de ensino, dessa imbecilizante estrutura de prioridades. Não cahmaria esse dia glorioso de “Dia da Escola Livre” porque nao há mais um milímetro cúbico no meu saco para liberais de qualquer ordem. Chegou! Chamaria de “Dia da Escola Verdadeira”, bem absoluto e bem rígido. Os mimizentos podem criar o “Dia da Escola Inclusiva Deformadora de Crianças”. Opa, mas esse dia é hoje! Esqueci desse detalhe.

Prédio magnífico da Escola Eleva (globalista) no RJ.

Chegar de reclamar e meter o dedo no olho virtualmente dos vilões sanguessugas que chafurdam na lama do nossi sistema de ensino. Agora entrego a parte boa que prometi no início pois, ao contrário dos canalhas relativistas, eu cumpro os meus compromissos (ao máximo das minhas capacidades pois perfeição só em Deus).

Existem escolas que são não só exceções ao horror regressista que domina o país, de grupos todo-poderosos como Elevas e Pensis até aquela escola canadense perto de você. Aqui no RJ temos duas: Monte Alto e Porto Real. Procurem naquela ferramenta globalista que deseja ver o seu fim, o Google, e animem-se. Temos esperança. Seria melhor se a maioria da classe média tivesse a capacidade de perceber que a única esperança jaz na separação dos deformados morais da turma sadia. Mas aí já é querer demais. 😀

Lembrem-se de que não há Mal que dure para sempre. Fortaleça sua disposição de combater o Mal em casa e na vizinhança. Depois salvaremos o mundo, muito depois. Primeiro vamos tentar impedir a implosão do quarteirão.

Feliz Dia da Escola! Hehehehe…

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