O Arquiteto da Beleza
(Eduardo Vieira — 07/dez/2019)
Desde que passei a enxergar uma realidade já percebida por Dostoiévsky em 1850, por Chesterton em 1890, por Ortega y Gasset em 1910 e que minha própria burrice e alienação me impediram de perceber, muita coisa se tornou clara.
A primeira e mais básica verdade que deve ser apreendida é que estamos em guerra. Guerra verdadeira, com tiros, mortes, violência e crueldade. Guerra que já matou milhões de homens, mulheres e crianças. Uma guerra que se estende por milênios.
Recentemente, nos últimos 100 anos, essa guerra vinha sendo vencida de forma espetacular pelos agentes da destruição. Praticamente sem resistência os clássicos foram abandonados, demonizados e quase esquecidos. As artes foram corrompidas e vulgarizadas. O transcendental tornou-se alvo das gargalhadas simiescas de imbecis ignorantes. O Bem, relativizado. O Verdadeiro, esquecido. E o Belo, desfigurado, destruído.
Nossas terras, invadidas por hordas de bárbaros sedentos por destruição. Nossas crianças, treinadas para tudo isso aceitar e aplaudir. Nossos artistas, comprados para divulgar o trabalho do Mal sob a roupagem do Bem. Mesmo nossa Igreja, a Casa do Senhor, foi invadida por ousados agentes do Mal que neste exato momento trabalham pela corrupção do Cristianismo e do Judaísmo.
O Mal tornou-se avassalador. Enorme, fortíssimo, bilionário, dominando países inteiros, mercados e indústrias. O Bem estava acanhado, encolhido, amedrontado. Mas estaria derrotado?
Em poucos anos, por meios econômicos, culturais ou sociais, uma pequenina brasa quase invisível no meio das cinzas frias do totalitarismo recebeu uma pequena lufada de ar. Imediatamente começou a brilhar e disseminar luz. Outras brasas se avivaram pelo mundo afora. Seu calor aqueceu corações que já se haviam entregues ao frio e ao desespero. Sua mensagem de esperança se espalhou, uma verdadeira onda se ergueu, tremenda, altiva, belíssima, divina!
Uma luz quase esquecida brilhou forte e muitos sorrisos enrugados brilharam em poltronas e leitos, capazes estes anciões de reconhecer o que quase esteve perdido. O cinza foi-se tornando vivo, colorido, alegre e Belo.
Em cada coração que lê essa mensagem brilha essa pequena luz, em milhões de filhos de Deus por esse mundo abençoado nascem vocações adormecidas e improváveis, não porque reagimos, não porque nos zangamos. Jamais por ódio ou por vingança.
Elas nascem por Amor. Puro, primal, transcendental e inexplicável. Elas nascem porque são o Potencial humano tornado Ato, porque a Criação divina não está sozinha, abandonada à corrupção e ao desespero. Jamais! Nunca!
Ao nosso lado, atentos e amorosos estão os anjos de Deus. Em nossos corações, a Palavra, ainda que incompreendida em sua Verdade, transforma a apatia em força, expõe o falso, revela o verdadeiro e rejeita o Mal.
A Beleza volta a aparecer em pinturas belíssimas, músicas mágicas, formas, cores e palavras. Ações bravas, heróicas, de pura bondade e altruísmo tornam-se cada vez mais comuns e vão inspirando outras ainda mais belas.
A Humanidade se ergue em defesa do Bom, do Verdadeiro e do Belo. Nada poderá se opor a essa força. Abandone o pessimismo e chute o desespero. Nada é por acaso e por trás dessa onda milagrosa de Beleza está ninguém menos que seu Arquiteto.
E contra ele ninguém pode. Ria então agora mesmo. Ame, trabalhe e lute. Seja o instrumento que Deus deseja. O futuro é Belo demais, então seja você mesmo esse futuro.
Deus está convosco. ✝️❤️