O Fraudulento Dilema
(Eduardo Vieira — 27/out/2020)
Finalmente assisti ao tão falado documentário “O Dilema das Redes”, apresentado por um tal de Tristan Harris. A coisa é realmente bem feita, num nível de malícia que é chocante para quem percebe e extremamente bem oculto para iludir a audiência.
No início Harris se apresenta como um geniozinho da manipulação humana, enganando PHDs quando tinha apenas 5 anos. Esta seria uma boa hora para se perceber que trata-se de uma fraude. Mas tudo bem, ainda estamos nos acomodando na cadeira e pegando o ritmo, não é mesmo? Podemos esperar. O que passou despercebido é que a habilidade de manipulação do Harris não seria usada tanto em seu trabalho nas redes sociais quanto na criação desse documentário. Mas vamos adiante.
Anti-capitalismo na veia
Uma das principais linhas subjacentes e nunca explícitas do documentário é o anti-capitalismo. Seja criticando a fome de grana dos bilionários do Vale do Silício ou a mais geral fome de consumo do mundo ocidental os “especialistas” fazem caras e bocas para mostrar que algo há que mudar e rápido. Mas nunca dizem o que exatamente vai mudar e nem como. Esse é mais um detalhe que expressa desonestidade pura e altamente clara. O que esses empulhadores desejam de fato, se não revelam?
Mudanças climáticas
As sugestões vem sempre com as palavrinhas fofas de “um mundo mais humano”. Um dos caras-de-pau diz que nós nunca pensamos em parar de cortar árvores, matar baleias ou minerar metais mas agora, segundo o ridículo e fraudulento antojado, nós somos a árvore e a baleia.
O ambientalismo utópico está permeado por todo o documentário. “Temos que mudar isso e para ontem. O planeta não vai aguentar.”
Fake News
Pipocando por todo o tempo mas especialmente no final os apresentadores declaram que a ausência de certeza sobre a verdade vai deixar a população mundial desorientada e confusa. Numa rede onde tudo pode circular, mensagens de populismo, teorias da conspiração e acusações infundadas propiciariam manipulações eleitorais que ameaçariam a democracia e o mundo mergulhará no caos.
Se nada for feito. O quê? Seguimos sem saber. Quer dizer, eu sei bem o que eles querem mas eles não dizem. Não se preocupem, pois eu vou dizer.
Auto-flagelo
Uma estratégia de manipulação muito usada nessa fraude é o auto-flagelo. Aparecem presidentes de empresas olhando tristes para a câmera e contando histórias lacrimejantes de como preteriram seus filhos por conta do vício em celulares. Vício esse que eles estavam trabalhando para aplicar nos outros mas que todavia acabou pegando neles.
A sugestão de que foi a falta de caráter e a baixa qualidade humana deles que gerou esse abandono paternal jamais passaria pela cabeça de nenhum deles. Porque são ungidos que não erram. No máximo erraram no passado e, ao confessar, esperam os merecidos apupos e mais algumas centenas de milhões de dólares.
Com esse tipo de mea-culpa vazio eles passam à obra um verniz de verdade, de confissão de culpa. É patético.
O gordo Rastafari
De vez em quando aparece um gordo rastafari que é assustador. Trata-se de Jaron Lanier e ele atua como um pensador profundo nesse saco de patuscadas envernizadas. A profundidade rasa da figura revela-se na fala de fazer melhor, de mudar rápido, de melhorar enquanto há tempo. É um “pensador” meio aflito, me parece. Talvez estivesse há muitas horas afastado de algum objeto de dependência afetiva, não sei.
Marilena Chauí
O documentário traz a sua própria Marilena Chauí, versão californiana. Trata-se de uma morena descabelada, Shoshana Zuboff. PhD e professora de Harvard, a senhora escreveu um livro chamado “A Era do Capitalismo de Vigilância”. Crítica bastante feroz de tudo isso que está aí, ela sugere que esses mercados tem que ser proibidos, da mesma forma que o tráfico de órgãos e o tráfico de escravos foram proibidos. E avisa, entre um perdigoto e outro, que não é uma sugestão radical. Nós sabemos, Shoshana. Nós sabemos.
As organizações por trás dos farsantes
É de se esperar que esse tipo de produção caprichada não tenha sido feita por nenhum desses farsantes. A união do QI dessa turma toda deve dar algo incapaz de apertar o botão correto de um elevador. O mago Harris é co-fundador de uma coisa chamada Centro para Tecnologia Humana. Seu outro co-fundador, Aza Raskin, é um especialista em fazer uma empresa crescer para depois vender. Já está na quarta iteração. É também co-fundador do Earth Species Project e tem um assento no Forum Econômico Mundial.
Entre as empresas parceiras eu destaco a One Project. Esta organização que luta por “um mundo melhor” declara que a nossa economia é baseada em colonialismo. Para a coisa, não deve haver distinção entre o “eu” e o “nós”. Deu para sentir a linha? Mas a coisa nem começou.
Os financiadores
Aqui está uma listinha que deveria exorcizar qualquer sentimento de ver esse texto como teoria da conspiração. Se, ao ler essa relação de investidores, você ainda crer que o documentário “O Dilema das Redes” é honesto e útil, você merece o que está por vir. Mas vai me levar junto para o buraco e isso não é admissível. Veja quem financia a coisa:
- Omydiar Network — PayPal, caçador de conservadores.
- Open Society Foundations — Sim! Ele mesmo, George Soros em pessoa.
- Ford Foundation — Outro contumaz agente financiador da esquerda pelo mundo
- One Project — Olha eles aí de novo, protegendo o mundo dos colonizadores.
E mais uma lista que está na foto. Podem verificar o trabalho filantrópico de cada um e verão que se trata de um grupo de alavancagem progressista que está muito insatisfeito com a mini-onda conservadora que se elevou nos últimos anos.
Finalmente, o objetivo
O objetivo desse grupo não é a democracia, lamento informar. Se fosse eles teriam dito. Eles precisaram ocultar justamente porque seu objetivo é uma grande rearrumação no sistema de governança das nações. Sabe o papo de globalismo? É isso aí. Esse grupo poderosíssimo está muito irado nesse momento porque suas mentiras foram desmascaradas. Suas intenções de poder sofreram um belo revés com a eleição do Trump e agiram rápido para produzir uma narrativa que os permita remover o único obstáculo para seus próximos passos: as redes sociais.
O objetivo desse grupo é controlar completamente as redes ou mesmo eliminá-las, se for o caso, para impedir o livre fluxo de informações, capaz sempre de impedir que suas mentiras sejam desmascaradas.
Quem acompanha o debate científico sobre cloroquina, mortalidade do vírus chinês e fechamento de economia já percebeu bem o nível da censura e isso já ocorre com as antigas regras do jogo. Espere para ver como será com as novas regras.
Conclusão
Eu pretendia apenas avaliar a mensagem de um documentário mas acabei batendo com provas cabais de que realmente existe um grupo riquíssimo que está nesse momento trabalhando para acabar com a nossa liberdade. Preparem-se materialmente, armem-se, poupem e especialmente preparem-se intelectualmente e transcendentalmente. O que está por vir será feio, desumano e muito, mas muito mentiroso. E federá fortemente a enxofre.
Que Deus nos proteja.