Que este seja o dia da Vitória.
(Eduardo Vieira — 30/out/2022)
Chegou a hora da definição do maior embate dos últimos anos. Um momento crucial, uma bifurcação vital na história da nossa nação. Hoje teremos a culminação dos nossos esforços e saberemos se podemos respirar aliviados ou se teremos que seguir na luta sem um momento de descanso. O futuro nos será revelado em breve, quero agora olhar para o passado.
Pois neste passado recente eu posso dizer com firmeza e alegria que fizemos bonito. Sou frequentemente acusado de ser ufanista ou exageradamente otimista mas não é culpa minha, ao menos nesta ocasião. Vamos olhar para o nosso passado recente.
Desde o retorno dos comunistas ao poder em 1985, vimos a promulgação de uma Carta que merece vários adjetivos e Magna não é um deles. Trata-se de uma carta socialista, escravizadora e essencialmente vil. Uma carta que nos aprisiona numa cadeia estatal com uma pena cada vez mais dura e indevida. Uma carta que define um sistema de algemas e portas de ferro do qual ainda não conseguimos nos livrar. E seguimos, aqui, falhando. E falhamos por não entender o tamanho desse problema. Mas isso é outra história.
Tivemos governos de figuras como José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, o THC, Lula e Dilma. Meus caros leitores, tivemos uma Dilma na presidência por quase 5 anos! E esse pesadelo só terminou ontem, em 2016. Uma mulher que mal consegue falar uma frase completa, uma desqualificada intelectual de calibre destruidor.
Mas o Brasil sobreviveu a isso tudo. Com uma das mais deprimentes elites do planeta, de homens como Armínio Fraga, um finório de modos encantadores e ética inexistente, de Moreiras Salles, biografando traficantes e vendendo as mais abjetas noções disponíveis no grande supermercado intelectual da podridão neo-marxista, de Setúbals e suas herdeiras, aplaudindo nada menos que a matança de Mao Tsé-Tung, numa macabra imitação de outro pulha, esse de safra anterior, o sapo francês Jean Paul Sartre, pedófilo que declarou que a União Soviética tinha o regime mais livre do planeta. Esses são pequenos exemplos do que poderíamos esperar de nossas lideranças. Temos outras tragédias humanas, como a família Frias e seus folhetins decadentes, um pequeno exército de reitores, alguns incendiários mas a totalidade incapaz de tomar conta de duas tartarugas sem que uma fugisse e outra engravidasse de uma lesma.
Investigue e vasculhe, leitor, e verá em cada oligopólio a obtusidade do mais abjeto materialismo, o sucesso calcado no compadrio, na sacanagem, na fraude e na traição. Esse era o Brasil que os constituintes de 88 pretendiam gerar.
Mas isso aqui é, antes de Brasil, a Terra de Santa Cruz, e o que é Dele não se toma com facilidade.
Nossa pátria sobreviveu, então, a todas essas catástrofes humanas ou sulfurosas, e o fez com garbo. Nesse processo geramos figuras como Enéias Carneiro, tardiamente reconhecido, e o nosso querido professor Olavo de Carvalho, que fez um enorme estrago nesse sistema maléfico. Também tivemos outros grandes agentes para o Bem, como Gustavo Corção, Nélson Rodrigues, Mário Ferreira dos Santos, Otto Maria Carpeaux e outros mais.
E eis então que fizemos mais que sobreviver e ousamos, num mirabolante drible no sistema, eleger Bolsonaro presidente em 2018. Nunca seremos perdoados por essa audácia desrespeitosa.
Mas não fizemos só isso. Não mesmo. Os últimos anos foram palco do nascimento de uma grande hoste de produtores de conteúdo, de livros infantis a estudos filosóficos, políticos, documentários, dramas e até espetáculos teatrais, se me permitem.
Centenas de institutos foram criados pelo Brasil para mostrar ao povo onde está a verdade. E, antes, que existe uma verdade. Veremos nascer desses esforços uma massa poderosa de pessoas qualificadas e com os requisitos morais e ideológicos adequados para a transformação que pretendemos operar no Brasil.
E uma nação é, acima de tudo, o seu povo. E aqui está a nossa maior força, pois nosso povo, tão desprezado por essa elite obtusa e fútil, manteve-se mais apegado à Verdade que seria razoável esperar. Somos um país com 85% de cristãos, de maioria católica, e todos temos observado um reacender no fervor religioso, com a vitória de diversos apostolados sobre inúmeras dificuldades e agressões. E ainda temos nosso território, claro.
Tudo isso está em jogo hoje. Hoje culminam os esforços maravilhosos de articulistas, comentaristas, editores, professores, voluntários belíssimos na expansão da verdade. Também culminam os esforços nefastos dos maus. Estes trabalharam como nunca, ciosos de que nosso crescimento só poderá ser parado com o tacão do Estado. Trapacearam, perseguiram, censuraram, baniram e desmonetizaram tudo e todos. Seguiram incentivando o caos e a destruição sob o verniz enganoso de redes como a Globo. Prenderam vários de nós, sem julgamento, sem acusação, sem crime, no maior escândalo jurídico da nossa história recente.
E viveram a impunidade, até agora.
Hoje começa, esperamos, o fim desse estado de coisas. Hoje apontaremos nossa grande Nau na rota da justiça, finalmente. E talvez tenhamos um resultado que nos permita uma transição algo pacífica, onde só perderão os maus, os bandidos, os iníquos.
Pode ser que hoje testemunhemos a audácia dos canalhas, e um chamamento mais duro, mais urgente, do qual nosso povo estará, sem dúvida à altura. Mas torço para que isso não ocorra. Que nosso povo possa vencer aos poucos, com mais paz e menos dor.
De toda forma estamos fazendo história, todos nós. Desde o maior influenciador e o mais famoso deputado até a mais humilde tia do Zap, estamos todos colocando nossos nomes na história, num brilhante processo que será estudado com grande interesse no futuro. A contra-revolução brasileira, onde o povo enfim retomou para si o controle do seu país, contra tudo e contra todos. Está sendo uma história épica, sem dúvida.
Quero dizer a todos que tenho enorme orgulho de ser um pequeno combatente nessa guerra cultural, ao lado de tantas e tão valorosas companhias. E me refiro aqui aos pequenos heróis que fazem suas corajosas canções no dia-a-dia discreto das famílias, do trabalho, da vida simples.
Esse povo merece mais do que lhe foi oferecido. E chegou a hora do Brasil mostrar a que veio. Vamos às urnas com a teimosia dos renitentes, com a resiliência dos bravos, depositar num sistema opaco nossas intenções mas mantendo nossas esperanças em nossos corações, mentes e braços.
Deus está conosco e Ele pode tudo. E se Ele precisar de nós, que tenhamos a coragem de obedecê-Lo e o discernimento de compreender Seu chamado.
Pela vitória, queridos compatriotas, queridos patriotas, queridos irmãos de Pátria, Fé e trincheira. Seja ela hoje ou amanhã, havemos de celebrar no final.
Deus os abençoe e proteja.