Sobre o golpe do STF
(Eduardo Vieira — 02/mai/2020)
Pode-se criticar a esquerda à vontade mas temos que dar o braço a torcer. Eles não desistem jamais.
O episódio da saída do Moro do governo simplesmente não rendeu o bônus que essa turma esperava. Desintegração da base, brigas internas, caos e destruição do apoio ao governo. Nada disso aconteceu. Quem brigou foi quem nunca apoiou o Bolsonaro. Os conservadores mantiveram o pé firme e atribuíram corretamente o malfeito ao ex-ministro e não ao Presidente.
Agora estamos assistindo à xepa da feira, às tentativas mequetrefes de arrancar alguma coisa de uma decepção tão grande.
E estão fazendo isso via denúncia de Moro usando o STF mega-aparelhado.
A estratégia maior do inimigo é apostar no desgaste. Mesmo com o governo vencendo uma atrás da outra os ataques seguidos fazem parecer que estamos contra uma força imbatível. Cabeças cansadas se inclinam em desânimo. Uns poucos desistem. É compreensível.
Para nos ajudar a enxergar esse momento de forma mais clara vamos recorrer à História. Na formação da base da nossa civilização Moisés teve que guiar um povo antes escravizado pelo deserto. Com fome, sede, doença e morte.
Na Idade Média nossa florescente civilização estava sempre sob constantes ataques de muçulmanos, mongóis e demais bárbaros, com nossos soldados tendo que enfrentar a morte quase certa de batalhas onde o inimigo tinha cinco vezes o seu número.
Já na modernidade a Inglaterra se encolheu e resistiu a um violentíssimo ataque nazista, tendo que enviar as crianças para o interior para preservá-las. Mas resistiu e venceu o Mal, que já havia dominado toda a Europa e se conectado ao outro Mal vermelho ao leste.
Em todas essas inúmeras crises e lutas que nossos ancestrais travaram para que chegássemos onde estamos cabeças penderam em desânimo e vozes se ergueram em desespero.
Mas outras vozes, mais serenas e mais tranquilas, igualmente se ergueram. E a mensagem que passaram foi de humildade, resignação, combatividade e esperança.
É possível que o inimigo tente executar o golpe? Sim. É provável? Não.
O covarde olha o perigo sempre com uma grande lente de aumento e nossos inimigos são completa e absolutamente covardes. A força do nosso povo os assusta e eles choram no banho quando lembram de patriotas vociferando em reuniões de milhares.
Minha visão é de que eles não terão a coragem necessária para efetuar o golpe.
Mas, caso tenham essa audácia, perderão tudo de uma vez só. Porque eu não pretendo abaixar a cabeça diante dessa canalhada.
E você?